Um dia, falei a uma pessoa que "nunca escrevi nada que merecesse registro", e hoje, continuo pensando assim... algumas críticas, uns elogios - muito merecidos, modéstia à parte - e poucos leitores; os meus leitores eram, geralmente, escolhidos. Até então, só escrevia textos sugeridos, nem sei por quê... foi sempre assim, desde que aprendi a escrever o meu nome.

Devia ter uns 10 anos quando ganhei um diário de presente, desses com cadeado. Comecei a escrever... coisa boba, de criança que se apaixona pelo coleguinha... a cada três palavras, duas eram o nome do "príncipe" rsrs. Um dia, por um descuido, esqueci o cadeado aberto; minha mãe não resistiu e leu. Isso me resultou em alguma censura... rsrs Percebi que um segredo só é segredo quando nunca confidenciado, nem mesmo a um papel.

Foi em janeiro/2010, lendo "O Diário de Anne Frank", que me invadiu uma vontade enorme e apressada de voltar a escrever... ainda tenho o meu diário, mas não fiz isso. E nem farei do blog um diário. Não tenho aventuras suficientes para torná-lo emocionante. Há mais para se falar.