quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dois auto!

Queridos,

Há um tempinho não escrevo aqui, e por isso venho justificar a minha ausência dessa prosa que tanto gosto.
Final de semestre, a universidade está me consumindo!! Provas, seminários, artigos pra escrever, etc etc etc. Há um mês estou fazendo um workshop de criação coreográfica a partir de experimentos com iluminação. Tô amando!! Pena que já chegamos ao final; a mostra será no próximo sábado, 27. E ainda tem as atividades do grupo de pesquisa do qual participo. Ufa!! Noites sem dormir, olheiras e bocejos muitos durante as aulas.
É isso. Mas logo estarei de volta com força total e todos os dedos - das mãos e dos pés - de prosa.

Um abraço!

sábado, 13 de novembro de 2010

Quero mais Zumbi!

Novembro tem a cara de Zumbi desde o dia 20 de 1695. Mas consciência negra não é pra ser datada, encomendada. Então, o meu grito é antecipado: quero mais Zumbi!!!!!
Por mais que eu resista, eu reconheço que a vida é cheia de simbologias e delas não podemos fugir, mas me nego a falar de Zumbi no dia 20!!
"Consciência negra" virou rótulo. O legado de Zumbi é outro. Ele nunca esteve interessado em festas para comemorar "dia de" consciência negra. Consciência negra em janeiro, fevereiro e março; quero Zumbi 365 dias ao ano!!!!

sábado, 6 de novembro de 2010

Jaah?!

Não consegui disfarçar a minha surpresa ao ver uma árvore de natal gigante e muitas bolinhas de algodão se passando por neve no shopping.
Outro dia era quarta-feira de cinzas e as pessoas ainda estavam extasiadas com o carnaval. Ainda ontem as pessoas estavam tristes porque o Brasil tinha perdido o jogo pra Holanda. Passou 1º turno; passou 2º turno... E na velocidade de um trem bala, logo haverá posse de mandato, término e novas eleições.
Nas terças e quintas, minha primeira aula na universidade é de um professor de 58 anos, preso duas vezes durante a ditadura militar, autor de um monte de livros, sensível e "demasiadamente humano", aguardando a aposentadoria no ano que vem. Costuma vir água nos meus olhos quando ele conta as experiências dele. Nos meus ralos anos de vida, tenho a impressão de que nada fiz. Apenas confiei. Confiei na bondade das pessoas, na capacidade de devolver o troco a mais, de ceder um lugar no ônibus a um idoso... Confiei no tempo também. O tempo não é o melhor remédio. Me enganei. Me enganou. Achei que ainda era cedo.
Um tanto chorosa diante da alegoria no shopping, eu pensei: jaaah?!?!