quinta-feira, 31 de março de 2011


Você consegue ver o "invisível"? Olhe outra vez, sem pressa, e descubra o que está nu. Andava depressa até ver essa cena. Parei. Meio atarantada, a minha reação foi tirar a câmera da bolsa e fotografar. Se é que tem algum valor, agora ela saiu do meu HD e é pública para quem for capaz de clicar e ampliar a imagem.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quarta-feira de cinzas


Eu achava que na quarta-feira de cinzas tudo voltava ao normal. Teoricamente sim. Hoje, ao contrário da maioria dos meus conterrâneos, eu saí de casa. O comércio estava praticamente todo fechado. E também não tinha muito camelô. Muitos, mas muitos mesmo (!), turistas andavam nas ruas.
Turistas. Para eles, a cidade é atração. Para mim, eles são a atração. Eu gosto desse movimento na cidade. Acho tão engraçadas suas expressões abobalhadas diante das igrejas, do elevador Lacerda, dos artesanatos, das baianas de acarajé, dos capoeiristas. Para eles, tudo aqui é exótico! Para mim, eles é que são exóticos. Os estrangeiros, principalmente, fazem umas caras e bocas quando pegam o elevador que me induzem a pensar que eles nunca entraram num elevador rs.
Saí para assistir "Bruna Surfistinha" (sobre o filme, deixei um comentário no post referente), e os shoppings estavam abertos. Não dei viagem perdida! Mas enquanto não chegava a hora da sessão que eu ia assistir, precisava passar o tempo. Hoje seria um dia ótimo para olhar vitrines e fazer compras, se tivesse dinheiro. Shoppings vazios onde você podia circular sem ter que ficar desviando das pessoas para não esbarrar nelas. E o melhor: adesivos enormes com o comando "Promoção" / "Liquidação" rs. Mas eu não fui para comprar e, felizmente, sou muito disciplinada com o uso do cartão de crédito.
Quem pensa "ninguém vai a uma biblioteca na quarta-feira de cinzas", engana-se! Eu fui! Amo aquela biblioteca, especialmente. Pensa que a encontrei aberta? Eu devia ter pensado "ninguém vai à biblioteca na quarta-feira de cinzas".

sábado, 5 de março de 2011

Ultimamente...

...ando a me vangloriar de umas coisinhas que aprendi a fazer. São coisas bobas, mas parece que descobri a cura do câncer.
Tenho falado sozinha com muito mais frequência. Eu gosto de falar sozinha - gosto mesmo! -, mas sinto que algumas coisas eu queria contar para alguém além de mim mesma, mas olho para os lados e de repente vejo que os amigos não estão mais aqui, e que as pessoas às quais me refiro quando digo "amigos" há muito já não são.
Essa coisa de entender que "amigos vão e vêm" ainda é muito difícil para mim. Difícil aceitar que eles vão, porque os que vêm são outros e são sempre bem vindos, mas é triste pensar que eles poderão ir também.
A internet não me favorece. Que graça tem conversar pelo msn, quando não se pode ver as expressões faciais, o franzir da testa, o queixo caindo, olhos arregalando-se, o rosto corando? Ahh, isso fala tanta coisa que não se traduz. As coisas vão acontecendo e vem uma vontade enorme de contar. Por n motivos que você não consegue entender como foram capazes de atrapalhar um encontro com seus amigos, o tal encontro é adiado, e adiado, e adiado. Tarda tanto que você perde a vontade de contar. O legal é contar quando a coisa ainda tá recente, efervescente, igual a comida: depois que esfria, você perde a vontade de comer.
Falo sozinha e sinto que me basto. Deveria até estar feliz, e às vezes tenho uns acessos súbitos de felicidade, por essa pseudo-autosuficiência. Mas já entendi a dinâmica da vida: as pessoas mais interessantes são as que corresponderão, e as outras? com o tempo, deixarão de fazer falta. Enquanto isso, que fazer?